A auto-proclamada "crise" guineense pelos vistos serviu de catalisador para importantes mudanças na CEDEAO. Depois da gigantesca fraude encenada em Lomé, o presidente da Costa do Marfim anuncia que não será candidato a um terceiro mandato presidencial, evitando a queda em desgraça perante a história. O Chefe de Estado do Níger, presidente da CEDEAO em exercício, acaba de reconhecer a vitória do povo guineense (que soube cuidar dos resultados saídos das urnas) e felicita mesmo a alternância. Em vez de ser condenada, como muitos pseudo-analistas defendiam, a Guiné-Bissau acaba elogiada como campeã da democracia! A ideia foi consolidada pela eleição do país à vice-presidência do Parlamento da CEDEAO. Mais que uma vitória da Guiné-Bissau, é uma vitória comunitária, a ser coroada pela destituição de Alpha Condé.
Depois desta inequívoca tomada de posição, resta rir da azáfama e irritação dos embaixadores franceses na sub-região, ou esperar para ouvir os comentários dos MNEs de Portugal, Angola, Brasil, já para não dizer da ONU (todos aqueles que tinham mandatado esta organização para o efeito).
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