Pelos vistos, há uma contaminação com o vírus Domingos. Não bastava um (DSP e mais nenhum), em Conacri apareceu outro, o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros angolano, e agora, ficamos a saber que, afinal, lá estava outro ainda, o padre da Fonseca.
DSP tinha montado para sexta mais uma peça do seu enredo de mentira e manipulação pro-Olivais, com um Agnelo Regala, do satélite PAIGC União para a Mudança, patético a rezar a pés juntos de que se teria chegado a consenso em Conacri, mas que foi guardado segredo...
Mas a «Sociedade Civil», que também esteve em Conacri, já se antecipara a tal absurdo (o seu líder decerto não esqueceu o vexame que DSP lhe fez passar obrigando-o a dar o dito por não dito). Lembre-se que o mesmo também desaconselhava um governo inclusivo.
[Embora Umaro Djau se tenha insurgido hoje contra esta fragmentação anti-constitucional, neste caso, foi útil ter mais testemunhas de um processo político enquinado; ler também artigo de Nataniel Sanhá, no mesmo site, sobre este déficit de soberania popular]
A RDP, como sempre o faz, alinhou sem vergonha no jogo de DSP. A forma recorrente e politicamente intencional como este jornalista usa a sua suposta «imparcialidade» deveria ser objecto de um aturado caso de estudo deontológico, de tão «exemplar» que é.
Mas o que mais choca são as declarações do Padre Domingos da Fonseca, insistindo na mentira e «triste» com a crua verdade apresentada por Jorge Gomes. Se mentir, por si, já é feio, senhor padre, fazer um pacto com o Diabo, em torno de uma tese cabeluda, é pior.
Não serão «bloguíces» mal amanhadas colocando tudo no mesmo saco e tentando confundir as pessoas que vingarão. Não são «duas opiniões contra uma», como tentam apresentar os confusionistas, mas sim de mais uma conspiração do DeSesPero do PAIGC & acólitos, Lda.
Fica mal, como apontou o mano Didinho, que se diga que a Guiné «já tem NOVO Primeiro-Ministro», quando o Presidente afirmou que ainda não encetou o processo, informando o anterior. Ainda para mais a um ex-Ministro da Comunicação Social, que deveria ter mais tento...
DSP, costumeiro das manobras dilatórias, pretende ganhar tempo, na vã esperança de provocar uma ruptura no seio do «grupo dos 15» (consagrado pela «Cimeira» de Conacri), apostando numa eventual azia de Baciro. Mas Jomav parece querer fazer as coisas como deve ser.
Aliás, o pretenso «consenso» baseia-se em pontos contraditórios entre si, como esse dos 15, que deveriam reconstituir a pseudo-maioria. Para cumprir o acordo será portanto necessária uma grande dose de bom senso. Não há consensos «à pressão»: para quê repetir os erros?
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