
Foram as próprias bases do Partido que entenderam que Domingos Simões Pereira representa um «perigo enorme». «Há que parar e repensar o Partido. DSP deve demitir-se para que o Partido se reencontre». Aristides Ocante da Silva antecipa ainda um grave desaire no próximo pleito eleitoral, se o PAIGC continuar a ser gerido como propriedade privada do seu Presidente, a quem acusa igualmente de utilizar fundos de proveniência duvidosa para aliciamento e compra de consciências, a um nível nunca antes visto.
Mais incisivo ainda, neste contexto, se revela o editorial d'«O Democrata», que, num tom apocalíptico intitula o actual cenário como «Colapso Final». «O descomando, a falência da liderança visionária devido à anarquia vigente, o gritante défice de edifício institucional, levarão sem sombra de dúvida o PAIGC rumo ao colapso final» ou «o PAIGC está “doente” e refém de um sistema caduco, ultrapassado e contaminador. Nenhuma reforma, seja qual for a visão que tiver na base, terá sucesso com este partido onde reinam bajulação, intrigas, arte de mentir, incompetência. É hora de todos os guineenses, independentemente da cor partidária, pertença étnica ou religiosa, terem a coragem de responsabilizar este “gerador” de anarquia, de clientelismo, nepotismo e manipulação, pelo pesadelo que tem vindo a impor ao mártir povo guineense através de manipulação e corrupção de palavras.»
«A autodestruição será a única via da reforma». Lacónico. O que nasce torto jamais se endireita.
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