O Vice-Presidente, por sua vez contestado pelo seu Vice, falando «em nome do Presidente», numa encenação cuidadosamente protocolada ao nível da indumentária, acompanhado na tribuna pelo Primeiro-Ministro e pelo co-mandante do assassinato de Cabral, defendeu a necessidade urgente de um Golpe de Estado (a sua hipocrisia é do domínio público).
Finalmente levanta-se uma voz de bom senso. Embora denunciando um complot contra Domingos Simões Pereira, não vem defendê-lo. Embora contrariando o Presidente, não exige a sua destituição. É a última oportunidade para os infelizes intervenientes fazerem um pausa e reflectirem se não valerá a pena darem um passo atrás e apostar numa solução criativa.
De outra forma pode ser o ignácio de um pronunciamento popular (perfeitamente constitucional) ou de um Golpe de Estado, na medida em que, em última análise, compete às Forças Armadas a defesa da soberania ameaçada pelos posicionamentos irresponsáveis dos seus indignos titulares, numa interpretação estritamente formal das suas competências sem qualquer legitimidade.
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