De imunidade a impunidade, vai um simples letra. A VOA dá parte dessas preocupações, enquanto a LUSA, depois de contactar vários responsáveis judiciais guineenses, refere a estranheza manifestada por estes quanto à libertação do Secretário de Estado Idelfrides Fernandes, preso dois dias antes.
Não ficando claro de quem partiu a ordem para a sua libertação, apenas surgiram (do nada?) algumas «explicações», invocando razões de saúde e as más condições de detenção (o dúbio e oportuno papel da Liga na denúncia dessa situação, uns dias antes, traz igualmente água no bico)...
E se fosse o vulgar cidadão, deverá presumir-se que igual complacência se manifestaria? O que é facto é que essa «doença» se manifestou de forma súbita, pois um dia antes da sua prisão, fôra visto a jantar, com óptima disposição, num restaurante de Bissau, e no próprio dia, à saída da ANP (armado em deputado para insinuar imunidade, aliás incompatível com o seu estatuto de membro do Governo) não patenteava qualquer sinal desse mal que repentinamente o acometeu (decerto do foro alérgico).
A confirmar-se a sua saída para tratamento (fuga ao Tribunal) para Dakar, será um grande golpe na credibilidade da Justiça guineense, em reconstrução. Este senhor, pelos vistos com razão, julga-se acima da Lei do país, sem pudor em fazer gala de ter as costas quentes, depois de tecer uma teia de cumplicidades nos últimos três governos: Cadogo, Transição, DSP.
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