sexta-feira, 8 de maio de 2015
Eça agora, ó Queirós!
O discurso do medo. O fantasma da guerra. O apelo à violência. A
eternização no poder. A retórica da mentira. A arrogância do vencedor. A
ofensa gratuita. Que rica colecção de medalhas que o pseudo-jornalista
consegue amontoar num simples artigo de «opinião». No entanto, o mentor de José
Eduardo dos Santos (de outra forma, como compreender que estes delírios
fiquem sem reparo?), cometeu um erro, desta vez. Comprou guerra com uma
força que poderá revelar-se altamente maléfica para os seus desígnios de
fossilização da sociedade. Farta-se de soprar, já em tom de falsete, na
sua corneta, com ampla difusão e cobertura institucional, mas já
ninguém liga aos seus sinais de alarme. Sabe que a sua hora está a
chegar: a fuga para a frente é típica dos desesperados. O seu estado
psicológico está a assumir claros contornos patológicos. Duvido muito que a pessoa a quem se dirige vista a camisola da UNITA, como quiseram fazer com Kalupeteca (à força de invenções e de verem inimigos por todo lado). Os doentes agudos de paranóia, quando se lhes pergunta quem lhes quer fazer mal, onde está o seu inimigo, respondem vagamente «eles...». Ao jornalista frustrado que opina no Jornal de Angola (a Voz do Dono), sugerimos que, por uma questão de igualdade de género, acrescente à minuta «ou elas...» ou «e elas...» ou as duas coisas juntas e/ou. yô
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