O regime angolano parece apostado em associar o seu destino ao da moeda do país. Todos os sinais de nervosismo e de contrariedade que até agora emitiram apenas reforçam a depreciação da moeda: tentar constranger artificialmente os preços apenas estimula o açambarcamento, provoca a escassez, incrementando o nível de inflação; taxar a exportação de capitais, uma barbaridade no fluído mundo financeiro de hoje, apenas prejudica a percepção da qualidade da moeda! Ambas as coisas apenas retroalimentam perniciosamente o processo que pretendem supostamente contrariar.
Toda esta linguagem «corporal» de esconjuração de males, apenas demonstra a fraca confiança que as próprias autoridades nutrem pela moeda nacional. Resta apenas saber se a Guarda Presidencial (e o Batalhão fantasma) continuará a receber papelinhos, ou se começará a aceitar apenas dólares.
PS Ao mesmo tempo, também as comadres portuguesas dão sinais de inquietação, com Belmiros & Amorins na dúvida se haverão de aumentar a exposição a Angola. É óbvio que Angola oferece imensas oportunidades... no entanto, talvez se justifique um compasso de espera, uma capitalização, para, depois de o país se livrar das suas grilhetas históricas, poderem partir para uma nova, original e sustentável era de desenvolvimento. Qualquer outra opção constituiria um erro crasso e sujeitaria os candidatos a penas pesadas.
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