Publico aqui uma tabela, na qual, aos números publicados, associei a população dos países grosso modo (com um incremento quando as estatísticas demográficas são antigas), isto tudo para fazer um cálculo per capita da emissão, que vamos considerar uma aproximação da massa monetária.
O que se constata é que a Guiné-Bissau, um país litoral, parece ter uma economia muito mais robusta que os países do interior. Apenas para comparação, o topo da lista vai para a Costa do Marfim, a menina dos olhos de Paris, apresentando uma emissão per capita três vezes maior e o Senegal o dobro.
O Mali, sendo um país interior, surge com uma emissão muito superior ao seu peso económico, ao nível do Senegal, o que se poderia justificar pelas despesas de «reconciliação» e de gestão da crise... [enfim, uma prioridade de Paris]. No entanto, o argumento também se poderia aplicar, com toda a propriedade, à Guiné-Bissau, que sofreu um bloqueio e já foi prejudicada em anos anteriores por essa razão.
O eixo de solidariedade da União, pelos vistos, não é suficiente para defender os interesses da Guiné-Bissau, que parece estar a ser sub-valorizada no contexto sub-regional: e a ser penalizada na sua verdadeira dimensão económica e estratégica. Suficiente para dar que pensar...
Não estará a Guiné-Bissau a ser um «financiador líquido» da UEMOA?
PS Questões monetárias foram igualmente recentemente discutidas em Davos, o que motivou a partilha de um interessante artigo por parte de Ramos Horta. Estou a preparar um breve comentário sobre o assunto, a uma escala global.
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