«Dois magistrados cabo-verdianos a trabalhar em Timor-Leste decidiram cessar funções depois das resoluções do Governo timorense que culminaram com a ordem de expulsão de oito funcionários judiciais internacionais, disse hoje à agência Lusa fonte judicial. As duas resoluções foram esclarecedoras. Por uma questão de dignidade da magistratura cabo-verdiana, decidiram cessar funções, afirmou a mesma fonte. A fonte explicou que a decisão foi também tomada em solidariedade com os colegas.»
Trata-se de fazer acreditar que os dois se solidarizaram com os magistrados portugueses. Mas não, Cabo Verde fazia parte dos oito funcionários «internacionais» (7 portugueses e 1 cabo-verdeano, todos pertencentes ao «Eixo do Mal»). Logo, a história está mal contada: só um dos dois pode ter «decidido» (pois o outro foi expulso); portanto, de facto, um dos dois funcionários cabo-verdeanos em Timor solidarizou-se com o outro e apanharam o mesmo avião (tal como os portugueses, aliás, por imposição política).
O MNE cabo-verdeano fora mesmo o primeiro a reagir e muito bem (sendo um dos destinatários, deve estar por dentro dos dossiers, também esteve em Bissau na semana passada), esclarecendo que:
Talvez o Senhor Ministro Jorge Tolentino pudesse ir mais longe e explicar as verdadeiras razões que conduziram a este estado de coisas.
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