Parece já claro que o golpe do Presidente foi perfeitamente premeditado e orquestrado, senão veja-se o respectivo cronograma: antes da 1h, ou seja, poucos minutos depois de o Primeiro-Ministro dar por encerrado o Conselho de Ministros, já estava na rua o Decreto presidencial. O Primeiro-Ministro, que foi claramente subalternizado no processo, foi colocado perante o facto consumado, ou, por outro lado, fez um erro de avaliação e tornou-se cúmplice desta ignóbil cabala, constrangido por imperativos financeiros? O que mais choca, para além da atitude indigna e da aposta no confronto, são os métodos conspirativos da velha escola que foram utilizados. Para quê tanta hipocrisia e dissimulação (com nomes supostamente propostos pelo CSDN e chumbados em CM)?
Os actos praticados, atendendo às suas motivações geo-políticas, são claramente anti-patrióticos e configuram um grave crime de TRAIÇÃO. Esta perturbação da legitimidade hierárquica, esta ruptura brusca da cadeia de comando, só poderá resultar em (mais) entropia e caos. O cargo de CEMFA não é de «confiança política», como o é o de Chefe da Casa Militar da Presidência. Ao querer transformar as Forças Armadas no seu quintal privado, ultrapassando Domingos Simões Pereira, José Mário Vaz mostra a sua verdadeira faceta de autocrata, expondo gratuita e desnecessariamente o país a uma grande instabilidade, apenas para satisfazer algumas particulares sedes de vingança...
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