As declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdeano aos órgãos de comunicação social portugueses são claramente inoportunas, manifestando algum revanchismo avant la lettre. Falar da reposição de um roteiro ex-ante, é a mesma coisa que falar de Cadogo (aliás expressamente referido) a passear pelas ruas de Bissau. O senhor Ministro não tem a sensibilidade necessária para perceber que está apenas a acentuar clivagens e a aumentar a crispação?
Os dirigentes do PAIGC deveriam vir por cobro a estas projecções e expectativas dos seus aliados externos, de forma a que conste inequivocamente que têm a sua própria agenda e não são simples joguetes de outros interesses. Oferecer-se o executivo cabo-verdeano, para a reforma das Forças Armadas, sabendo que é um assunto quente, e que o novo Governo ainda não tomou posse, é voltar a insistir no mesmo diapasão, já gasto, de ingerência nos assuntos internos da Guiné-Bissau.
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