
Passado um mês sobre a sua morte prematura, cavou-se uma terrível saudade, do seu calor humano e inesgotável energia, bem sentida por todos, como pude acompanhar através de várias redes sociais.
A questão que aflige, neste momento tão carregado pelo sentimento de perda irreparável é «terá valido a pena?». O poeta Fernando Pessoa diria que «tudo vale a pena, quando a alma não é pequena».

Claro que as «almas» mais mesquinhas e economicistas poderão ter outra opinião, inquirindo resultados, heranças, valores materiais, apontando as tarefas ingratas (muitas vezes inglórias) que se propôs.

Sem o sonho, que é o homem
mais que a besta sadia,

O Pepito mereceria mais que uma estátua! Mas julgo que ficaria bem mais satisfeito se soubesse que os vivos se encarregaram de passar o seu testemunho, de continuar todos os seus projectos.
Parece inevitável que, sem ele, a sua obra, a AD, fique bastante desfalcada. Será um desafio, para o novo Governo a sair destas eleições, valorizar todo o historial de experiências sociais inovadoras desta ONG.

Partilho algumas fotos (clicar para ampliar), que desde já agradeço ao meu grande amigo Mamadu Ali Jaló, da AD.
Partilho e recomendo vivamente, o último artigo do blog Tatitataia, intitulado «O último dos mohicanos», igualmente dedicado ao Pepito.
Se Pepito foi o último dos Mohicanos é porque houve outros Mohicanos.
ResponderEliminarSerá que a Guiné queria mesmo Mohicanos?
Mohicanos não fogem por Lampedusa ou Melila, esses não são Mohicanos.
Para ser Mohicano tem que se morrer a lutar?(trabalhar)
Por ventura terão sido escassos os Mohicanos na Guiné.
Não sei se consigo perceber inteiramente o espírito das suas afirmações.
ResponderEliminarSim, houve outros mohicanos, como o próprio autor do blog que publica esse artigo.
Para se ser o «último», seja mohicano ou de qualquer espécie em extinção, é preciso morrer.
Morrer a lutar. A referência cinematográfica rememora para mim o conceito de resistência.
E a forma de lutar do Pepito era a trabalhar. A fazer coisas. Incansavelmente.
Nem todo o resistente tem a 'obrigatoriedade' de morrer 'mártir, vítima' ou sob qualquer outra adjectivação. E essa de denominar 'fugitivos' os que por Lampedusa ou Melila quiseram "...passar ainda além da Taprobana" define a prosa!Efectivamente o título 'Mohicano' não visa senão o conceito de resistência. Pepito, repousa tranquilo!
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