De forma atabalhoada, o Governo português acaba de reconhecer as autoridades de facto na Guiné-Bissau, ao nomear, em Diário da República de hoje, o Coronel Armindo da Costa Caio, ao abrigo da figura de «elo de ligação», recorrendo a um Decreto-Lei de 1994 (139) consubstanciado em elementos das Forças Armadas ao serviço do Ministério da Administração Interna.
Entre as suas atribuições, «servir de elo de ligação entre as forças e serviços portugueses e os seus congéneres da República da Guiné-Bissau»; «colaborar com os serviços competentes da República da Guiné-Bissau»...
Este passo à frente, denotando a vontade de caminhar no sentido da normalização das relações diplomáticas com a Guiné-Bissau (se bem que lance uma certa confusão inter-ministerial, desautorizando, de alguma maneira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros), permite esperar que se deva a pressões da TAP, no sentido de semelhante normalização, repondo o destino Bissau na sua oferta.
Não se pode obrigar a qualquer que seja o governo português, a reconhecer qualquer golpe de Estado em qualquer dos PALOP´S. Porque reconhecendo um golpe, tem que os reconhecer a todos. E ainda faltam muitos golpes nestes países como em toda a África.
ResponderEliminarAliás Portugal, já nem na Madeira risca nem emite opinião, quanto mais na Guiné. Já quando foi o golpe do Nino, em 1980, Lisboa só reconheceu o Nino, passados vários dias porque nem Luís Cabral reclamou.
Mas de certeza que tal como Luís, Nino, Cadogo e o próximo golpeado terão de certeza um lugar ao sol, ou na linha de Cascais ou de Sintra.
Cumprimentos
Como disse, levaram dias...
ResponderEliminarDesta vez, levaram anos.