«Não é por ser um governo inclusivo com todas as forças políticas presentes, incluindo os partidos políticos sem representação na Assembleia Nacional Popular, logo, sem legitimidade popular, que lhe confere a legalidade necessária para governar e representar o povo.»
Pergunto-me se este trecho é um elogio à exclusividade, se uma crítica à falta de representatividade...
Vamos lá ver se percebi bem: podem muito bem lá estar todos, mas a maior parte está a mais, porque não representa ninguém, por isso a palavra deve ser devolvida ao povo, numa óptica de exclusão (de todos os que não concordarem com a sua pessoa, presuma-se).
Denota de forma grosseira precisamente o contrário do espírito das recomendações do Representante do Secretário Geral da ONU, Ramos-Horta: «Eu é que sou o dono e o campeão da legalidade, da legitimidade e da representatividade»: trago na barriga um milhão de votos.
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