quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Angola volta à carga

Novamente através do Conselho de Paz e Segurança da União Africana, presidido por Angola, chega a intenção de reforçar (decerto com angolanos) a força da CEDEAO em Bissau; segundo o seu representante local, que, para além de porta-voz da UA, aparentemente também é porta-voz de Ramos-Horta (por sua vez porta-voz do Secretário Geral da ONU), este apoiaria essa intenção...

Obrigado Progresso Nacional >

Angola defende o «policiamento» africano do continente, tendo ainda, há poucos dias, o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, num resumo do ano de 2013, no Jornal de Angola, criticado a França pelas suas intervenções no Mali e na República Centro-Africana. «Angola continua a manter a sua vocação de factor de paz, estabilidade e desenvolvimento no continente». Um modelo, portanto.

Por outro lado, talvez estejam a abusar da paciência da CEDEAO, organização que não deverá estar muito interessada em desempenhar o papel de pau mandado. Os renovados e insistentes oferecimentos do regime angolano, com a mal escondida intenção de se (voltar a) imiscuir na política interna guineense (muito longe de casa!) já não são novidade, é mesmo uma tecla que está completamente gasta.

Depois de tanta pressão (e falta de respeito), o melhor a fazer será dissolver e repatriar a força da CEDEAO em Bissau (enviá-la por exemplo para o Sudão do Sul, para o Mali, ou para a República Centro-Africana, onde há guerra e estão a morrer muitas pessoas), que não tem outra serventia para além da de motivar propostas indecentes. Antes de meter a colher, é preciso ter propostas.

4 comentários:

  1. O que é que a tal força da CEDEAO está a fazer na Guiné ou melhor em Bissau além de moca badjudas de Bissau?

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  2. Na política internacional, Georges Chikoti manifestou preocupação relativamente aos últimos acontecimentos na República Centro Africana e Mali. Para o ministro, a intervenção militar da França nos dois países levanta questões quanto à incapacidade do continente africano em garantir a sua própria segurança e estabilidade.

    Porquê que você mente? Na é verdade o que ele disse?

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  3. 1º anónimo

    Então presumo que concorda que a melhor solução é a preconizada no artigo: a retirada da referida força.

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  4. 2º anónimo

    Angola manifestou preocupação que tenha de ser um país europeu e antigo colonizador, a impor a paz. O CPS da UA fez alguma coisa pelo assunto? Propôs-se enviar soldados para o efeito, como parece querer fazer na Guiné-Bissau? Não? Então é uma crítica à França, sem apresentar soluções.

    Não estou mesmo a ver em que é que estou «a mentir»... talvez possa explicitar melhor a sua ideia, para poder esclarecê-lo melhor.

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