Uma onda de «impeachments» ameaça varrer a CPLP: mais propriamente a África austral de língua portuguesa. A semana que se avizinha parece carregada de nuvens negras para o mono-partidarismo de Estado, personificado em líderes em perda radical de legitimidade.
Está na altura de pensar o amanhã. Em Moçambique, realce-se a corajosa atitude de um dirigente provincial do MDM, que, ao tomar conhecimento de sobre si pender uma ordem de detenção, se apresentou à polícia de livre iniciativa, sabendo da sua inocência em qualquer caso e das motivações políticas do gesto... depois de passar o dia na polícia, não ousaram mantê-lo preso. É um bom exemplo, como aquele que deu Nito Alves: matem-me, se quiserem, como fizeram aos outros dois activistas, mas não mandam na minha consciência.
Seria dar confiança a mais, e pouco estratégico, pretender combater a violência com a violência.
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