Apenas para apontar algumas incongruências no Memorando de Entendimento, assinado sob os auspícios da OUA, pelo «PAIGC» e o PRS, publicado pelo Rispito.
No ponto 2:
Para além da redundância desnecessária relativamente ao já enunciado na alínea d) do ponto anterior, a redacção não foi das mais felizes, em termos de soberania nacional: poderiam ter começado por «Conforme acordado...» senão parece que quem manda na Guiné é uma troika de Chefes de Estado da CEDEAO
Mas o mais grave vem no SEXTO
Respeitar «as recomendações, decisões e resoluções das organizações regionais e internacionais sobre a condução da transição»? Este ponto é claramente nulo por contradição com a própria Constituição. Mas mais grave: quem o encomendou? E qual foi a franja do PAIGC que subscreveu este lixo?
Para bom entendedor... As manobras insidiosas continuam. A este «instrumento» não deve ser reconhecida qualquer legalidade ou legitimidade. Não se percebem as razões do PRS para participar nesta farsa: assim agarrados ao PAIGC, arriscam-se a afogarem-se com esse peso morto feito de chumbo.
Do documento, pode aproveitar-se um parágrafo: o importante reconhecimento de que um desejável e duradouro entendimento político deve implicar a inclusão de outros partidos políticos, a sociedade civil, o poder tradicional e as confissões religiosas (foi pena terem-se «esquecido» de fazer alusão à Diáspora).
Que os atentados à soberania nacional venham do exterior, ainda se consegue compreender. Que venham de deputados que se dizem «representantes» da nação é inaceitável. É preciso denunciar este flagrante caso de traição à pátria, que pode vir a gerar grande instabilidade no futuro. Foi um triste tiro no pé.
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