Realizou-se hoje mais uma vigília para defender o direito às aulas. Os
estudantes guineenses estão fartos das sucessivas e sistemáticas faltas
de comparência dos(as) professores(as) às aulas, de serem um simples
joguete político. E com toda a razão, têm direito a aprender, tal como
os(as) professores(as) têm direito à greve (em muitos países
«evoluídos», face a este estado de coisas, já teriam decretado há muito a
requisição civil) para chamar a atenção em relação a questões salariais
ou de atrasos nos pagamentos. Mas quando não cumprem minimamente as
suas responsabilidades, garantindo uma prestação básica para salvar o
ano lectivo, terão os(as) professores(as) direito a reclamar qualquer
retribuição? Os(as) professores(as) parecem ter-se deixado
instrumentalizar e manipular pelos sindicatos, afectos ao PAIGC,
entrando no jogo do «quanto pior, melhor».
Este caso já
serviu os desígnios de quem o encomendou, apontado ontem no Conselho de
Segurança a débito da Guiné-Bissau, servindo para pintar de tons ainda
mais negros a situação. Por isso, sugere-se à classe docente que não
seja indecente, acabando de imediato com a Greve. É que os alunos são
mais numerosos que os professores... Podem decidir-se a ir-vos buscar
pelas orelhas. E já agora, outra coisa: há um ditado antigo que diz:
«Não faltes ao trabalho, não vá o patrão perceber que não precisa de ti»
Imaginem que, à semelhança do que aconteceu em Portugal, quando a
escolaridade obrigatória aumentou e não haviam professores que
chegassem, surgiu a TeleEscola (ensino através da Televisão)... Hoje,
com as facilidades das Novas Tecnologias e o e-learning... saía mais
barato e era garantido. O Ministério da Educação poderia aproveitar a
situação para um despedimento (bem sei que é proibido pela Constituição)
colectivo por justa causa e depois, por questões de qualidade, quem
quisesse voltar a dar aulas, teria de se sujeitar a um exame pedagógico,
técnico e de cultura geral (e, já agora, de sanidade mental).
Haja bom senso.
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