quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Fraternidade

Tenho a dizer (ou talvez devesse dizer lamentar) que, embora em geral alheio à Guiné, conheço pessoalmente as duas vítimas de espancamento dos últimos dias.

O Silvestre Alves conheci em Lisboa, no ano de 1998... Na altura, apresentou-se nas reuniões da Diáspora como representante pessoal de Ansumane, primando por uma actuação bastante auto-centrada. Ainda me lembro de o ter visitado, em Bissau, no ano de 2001, infelizmente após um outro espancamento (julgo que também por intrigas políticas) numa discoteca.

Com Iancuba, acompanhei a conversão ao Islão, chegando a discutir, ainda me lembro (com o Mamadu), o abandono do álcool como questão teológica... Aparentemente, a adesão ao monoteísmo não o terá tornado mais tolerante (isto não implica qualquer consideração contra essa religião, em muitos aspectos bem mais tolerante que a católica, que é a minha).

Julgo despropositada, indecorosa (e contraproducente) a forma como ambos foram tratados. Aos dois o sincero desejo de um rápido restabelecimento.

7 comentários:

  1. Ups!
    Este post não terá nota na caixa de ressonância.

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  2. É simples polifonia, cada um toca à sua maneira, mesmo se parece sintonia (ou até sinfonia). De qualquer forma, a intenção deste comentário parece claramente ser a de semear a discórdia, invertendo a situação: se alguém ressona, aqui, sou eu!

    Caro anónimo, desta vez passa, mas tente justificar aquilo que diz, que não seja só uma patacoada: se é preciso levar com bocas desagradáveis, que fiquemos a conhecer melhor como pensa quem as emite e porquê.

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  3. como dizia alguém, "discurso açucarado". Precisamos de gente inteligente e não de oportunistas.
    Vichy, Vichy...

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  4. Olá, anódino anónimo

    Favor assinalar com uma cruz:

    Vichy, está a referir-se a:

    Hipótese

    a) ao regime da França Livre?

    b) à água mineral? (em tempos de novo acordo, dá sempre gosto ver uma consonância destas - À Á)

    c) à última prostituta com quem dormiu?

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  5. Só duas precisões, a título pessoal que poderá usar como lhe parecer melhor: Silvestre Alves não foi agredido em 2001, mas a 14 de Dezembro de 2006, cerca das 20H00. Não foi numa discoteca, mas no Bairro d'Ajuda, na via pública, junto à Residência do Embaixador de Angola. Pessoalmente, dispenso publicidade. Talvez um dia tenhamos a oportunidade de nos revermos para reavivar a memória.

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  6. Olá, Silvestre

    Folgo em saber que estás melhor. Não me lembro bem se te cheguei a ver, em 2001, mas tinhas acabado de ser agredido... eu cito de memória, mas foi o que me foi contado, nessa altura, posso tentar perguntar a quem me informou, mas julgo que pouco interessa.

    Longe de mim pretender fazer-te publicidade, quanto mais indesejada. Não concordo com agressões, a qualquer título. Aliás, conheço bem a tua postura incómoda, para saber o quanto te expões, corajosamente (lembro-me de uma carta aberta ao comandante Kabi, que já tinhas começado a escrever antes do 7 de Junho).

    Talvez não concorde com o campo que escolheste, desta vez; mas, já agora, também acho que és uma peça importante de um jogo de xadrez complicado; embora não saiba se o Rei desse campo merece esse teu contributo e empenho.

    E, ao contrário do que possas pensar, relembro com carinho todos aqueles tempos de vivas querelas, em que visitámos as capelinhas todas do poder em Portugal.

    Tu também talvez não facilites as amizades, mas continuas no meu coração, com a tua indomável coragem e firme vontade de fazer algo pela Guiné...

    Um abraço

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  7. Depois de confirmar, é verdade que deve ser confusão minha: nós vimo-nos foi na Discoteca em 2001, estava com o Geraldo e o Dionísio. Pelos vistos tenho alguns fios trocados, devo ter feito confusão entre os factos. Obrigado pelo refrescar da memória.

    Um abraço

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