Denovo em Luanda para uma visita relâmpago, Paulo Portas foi recebido durante mais de uma hora por José Eduardo dos Santos, para receber indicações quanto às novas estratégias para a Guiné-Bissau... «conjugação de esforços, no plano multilateral, para encontrar uma solução para a Guiné-Bissau»? Mas a Guiné-Bissau não deveria ter saído da agenda angolana? É que está a tornar-se obsessivo! Parecem aqueles maridos ressabiados que muito tempo depois de divorciados continuam a perseguir as mulheres e ainda fazem cenas de ciúmes!
E, senhor Presidente do grande país que é Angola: que raio de promiscuidade; o protocolo obriga a respeitar as hierarquias, agora trata de assuntos de Estado com simples Ministros (e estrangeiros)? A recepção oficial e mediatizada deveria ser ao mesmo nível, pelo Chicote (se calhar o Paulo ficou com pena, fica para a próxima, pronto); quanto ao Presidente, simples cumprimentos eram mais adequados...
Ao contrário de Angola, onde, para além da agência noticiosa oficial, também a página da casa civil do Presidente dão notícia do encontro; em Portugal, se o Ministério dos Negócios Estrangeiros ainda não publicitou absolutamente nada, sendo a última notícia em destaque do dia 11 («Portugueses esperam que o Estado disponha de capacidades de reacção muito rápidas para protecção dos cidadãos»), já a página do CDS, o PP de PP, se apressou a fazê-lo.
Senhor Primeiro Ministro de Portugal: acha bem ser ultrapassado assim
por quem tem ambições políticas hipertrofiadas, em deliberações «instantâneas» de alto
nível»? Dá cobertura a um Ministro dos Negócios Estrangeiros (cada vez menos
transparentes) com agenda própria, concorrente e completamente autónoma? Terá confundido a diplomacia com uma passerelle? À saída de Luanda (e logo de partida para Paris)
Paulo Portas sugeriu à Lusa a sua grandiosa visão para o futuro: os investimentos de empresas
portuguesas em Angola poderão ser a chave para ajudar Portugal a sair da crise.
Fontes
Na página do CDS
Na Angola Press
Na Casa Civil do Presidente
P.S. O senhor presidente pisou uma fita-cola com o sapato! Já o fio do telefone era dispensável... À falta de telemóveis, deveriam ter um responsável de Photoshop para «apagar» as borradas. De qualquer forma, o «cromo» está bem melhor que a foto infeliz da tapeçaria das Necessidades: Paulo Portas com fundo branco e claro; José Eduardo dos Santos com fundo escuro e a catana erecta.
A Guiné neste momento não existe como país livre e independente.
ResponderEliminarA Guiné-Bissau caíu na ratoeira de dexar entrar o "cavalo de Troia" dentro das suas fronteiras.
Tantas vezes tentaram os vizinhos que conseguiram enttrar subreptíciamente.
Em 1998, foi à bruta mas foram corridos de Bissau.
Desta vez, se os PALOP não ajudarem, a Guiné-Bissau acabou como país.
Vai-se transformar numa segunda Casamance.
Sempre, desde Amílcar, os vizinhos têm isso encasquetado nos miolos.
Agua mole...!
Já percebemos a sua opinião. Mas este não é o sítio indicado para defender a independência de Casamança.
ResponderEliminarAlém disso, está a tornar-se repetitivo e chato. Por favor, como convidado, sinta-se obrigado a respeitar o protocolo: os comentários servem, em princípio, para comentar a notícia onde se inserem.
http://josepaulofafe.blogspot.com.br/2012/06/ja-chega_14.html
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