Andam para aí a escarnecer de uma afirmação de Daba, que cola «endógeno e interno».
Ora, em primeiro lugar, as duas palavras apresentam nuances e portanto complementam-se (endógeno, nasce de dentro, mas é livre; interno, tem a ver apenas com o que está lá dentro e assim se mantem);
Em segundo lugar, o seu discurso militante e parcial destina-se a convencer e a ser lembrado (permanecer na memória implica uma certa dose de repetição, é o que faz a publicidade, nunca vemos um anúncio uma só vez) e encontra-se estruturado com base numa retórica consistente.
Neste contexto, chamar analfabeto a Daba apenas demonstra a falta de Fair Play, o nervosismo e o comportamento primário de alguns actores. Uma coisa é dizer «subir para cima», ou «pareceu-me bem parecido».
Mas se eu disser «lamber com a língua»? Pois claro, havia de ser com quê? Mas a redundância redunda neste caso numa valorização do dito, num empolamento do efeito: ao acrescentar à descrição do acto, o respectivo instrumento, facilita-se a construção da imagem mental. Daba utilizou uma figura de estilo, de retórica hiperbólica. É um verdadeiro bólide: demolidor.
Talvez seja melhor esquecerem a língua portuguesa, pois ela é muito traiçoeira. Já a atitude, essa, parece mais de inveja, se não mesmo de desespero. Em vez de criticarem o que não percebem, aproveitem para aprender com o senhor Porta-Voz. Encosta-vos a um canto, dá-vos um chuto com a ponta do pé!
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