Este blog foi feito (para além de outros objectivos menos confessáveis) para publicar um ataque a este lúgubre e repugnante personagem; esse ataque já deveria ter ocorrido há mais de um mês, mas circunstâncias várias foram fazendo com que fosse sendo adiado. Mas porquê esta fúria? Comecemos pelo princípio: sendo personagem que nunca me foi especialmente simpático, foi com desagrado que reparei que era a estrela das comemorações do 25 de Abril promovidas pela Câmara Municipal de Santarém (aliás, vim a saber depois, em clara «concorrência» e desafio relativamente às promovidas pela Comissão das Comemorações Populares); deveria ter desconfiado logo que vi o cartaz e folheto da «Oferta Cultural» do mês! Estava em curso uma cabala, uma tentativa de falsificação da história, um acto mesquinho para desacreditar Fernando José Salgueiro Maia, com a cobertura de um Município (o meu, infelizmente), de um importante grupo de comunicação nacional (Balsemão) e de um pasquim local. Movidos pelo despeito e pela sua mediocridade, ousaram atacar um morto, o herói que invejam e que o povo e a história reconhece, numa tentativa mal engendrada de ofender a sua memória com falsos testemunhos. Mas voltando aos factos: fiquei espantadíssimo com a chamada da capa do Mirante dessa semana e precipito-me para descobrir uma página inteira dedicada à tenebrosa mistificação. Passo o fim-de-semana irritadíssimo, e logo na Segunda-Feira dirijo-me à sede do Mirante, onde descubro que a peça fora «fabricada» ao mais alto nível (na «boa fé» jornalística, claro, de quem procura cachas e notícias bombásticas); exponho a minha indignação ao próprio e tento obter um desmentido qualquer, nem que discreto; mas qual quê, ficaram ofendidíssimos, por pouco ia sendo empurrado pelas escadas abaixo, susceptibilidade denunciando o estilo «jornalístico» e a linha «editorial». Refira-se que essa edição do Mirante saiu com o Expresso no Distrito, acompanhado pelo Livro de «Poesia»… pago pelo «artista» ou pela Câmara? Bom, mas veja-se aqui a «peça»: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=336&id=43100&idSeccao=4896&Action=noticia Repare-se, muito sucintamente, logo na forma de se dirigir ao Capitão de Abril: «Ele quis-me despejar, lá na sede do PS, 150 G3 e eu não quis. Disse-lhe: Ó Salgueiro Maia, desculpe lá. O único tipo que sabe mexer nas G3 sou eu que estive em Angola. E não vejo aqui nenhum inimigo à vista. Portanto não me ponha cá essa coisa.» Denuncia-se depressa! Com que então agora o herói é ele, o verdadeiro já quase esqueceu! Com que legitimidade trata assim um herói, tu cá tu lá, se é o próprio a dizer que só conheceu Salgueiro Maia depois do 25 de Abril? Muito texto a querer parecer elogioso, só para concluir: «Era muito determinado MAS demasiado radical». Mesmo que, por absurdo, fosse verdade, era claramente pouco elegante vir revelá-lo a esta distância e sem que o próprio se pudesse defender. Ora o ofendido sempre defendeu que era uma grande irresponsabilidade a entrega de armas aos civis, e não se está a ver o Fernando José com duas caras. Outra razão é simplesmente que, se fosse realmente ele a tratar disso (não estou a dizer que não era menino para essas coisas) as coisas teriam decerto acontecido! É conhecida a fúria organizativa do Fernando, que chegava a ser exasperante: ele, pura e simplesmente, não teria falhado! Logo na segunda-feira seguinte, que por acaso era dia de Assembleia Municipal, bati a cidade alvoroçado com esta fúria… se tivesse encontrado o gajo havia de ter sido o bonito: no mínimo insultado havia de ser! Tenho o direito à indignação, já que não vejo outras formas de «participação»! A liberdade de expressão tem limites! Nesse mesmo dia interpelei a Comissão das Comemorações Populares do 25 de Abril, que me garantiu não ter nada a ver com toda a cena. Com o jornal debaixo do braço, fui à sede do PS, que, por acaso, estava aberta, perguntar se já estavam esgotadas (quando perguntaram o quê? mostrei a capa)… estava um pequeno magote à entrada, que, para partidários, se mostraram pouco consistentes ao revelarem a sua total ignorância dos títulos da imprensa local referentes ao seu partido: terão confundido a sede «política» com uma agência do IEFP? Passados uns dias, executei uma expedição punitiva pela net, pesquisando todas as notícias relacionadas e colocando comentários provocadores em todas as que o permitiam, como por exemplo no site da Visão (sim, que também saiu um «artigo»: Sete Vidas, na edição de 24 Abril), no Batalhão do gajo na guerra colonial, em sites de Santarém, de poesia, etc, enfim, tudo o que apanhei... Chamei-lhe todos os nomes, do qual o mais simpático foi senil! Fiz queixa à Associação 25 Abril, em cujo blog vi um comentário meu mais agressivo ser censurado. Mas aqui deixo uma citação de um «ancião» respeitável nestas andanças da verdadeira política, Jerónimo Sardinha, homem sério e íntegro, frequentador da A25A: «Vamos ao que considero mais grave. A poucos dias do 25 de Abril, numa cerimónia pública, um personagem (José Niza. Outra vez PS), que respeito e por quem tinha alguma consideração, deixou “cair”, na sua intervenção, que Salgueiro Maia, em Novembro de 1975 quis entregar 150 G3 ao PS de Santarém e terá sido ele a recusá-las. Assim temos que: - primeiro, Maia já não está entre nós para confirmar, negar ou esclarecer. In Memorian, devia ter ficado calado; - segundo, desempenhou altos cargos de estado, políticos e partidários. O silêncio era o mais recomendado. Até porque nesta altura não só não esclarece, como pode acirrar ânimos; - terceiro, o famoso problema das armas em 1975 e não exactamente estas, não está nem de perto nem longe esclarecido.» extraído de www.avenidadaliberdade.org Quanto às armas, se os meninos do PS não mandam calar aqueles que, sem autorização ou mandato, dizem barbaridades em nome do partido ou acerca do partido (não vi nenhum desmentido ou a mínima nota de desagrado emanada do PS local, conforme tive ocasião de solicitar a vários dirigentes, inclusive publicamente, por ocasião do lançamento do livro de Mário Silvestre no Fórum Actor Mário Viegas), ter-se-á de explicar, para esclarecer as crianças mais novas, que o 25 de Novembro não foi o que o Sr. Mário Soares pintou… Armado aos pássaros, sonhando com o brumoso golpe do Napoleão, queria passar por herói da «resistência anti-comunista», tentou encenar uma deslocação da Assembleia para o Porto, mas correu-lhe mal, e ainda hoje andam a tentar mistificar as pessoas com o tema… Vão bugiar! E o melhor é o Manuel Alegre cortar ligações com este anormal, se não quiser arriscar a cair também no saco da merda!
Se alguém se sentir ofendido que pague as custas, que eu preparo melhor o dossier!
25 de Abril Sempre!
PS
ResponderEliminarCom tanta arma em tantas mãos foi um milagre não ter começado tudo aos tiros! Mas felizmente havia gente razoável, entre elas o Maia.
Só agora tive conhecimento do artigo e da citação que me é feita.
ResponderEliminarSinto-me grato e honrado, por poder contribuir, embora humildemente, para a dignificação da memória de um amigo e de um Homem de honra, a quem Portugal e nós, Portugueses muito devemos.
Parece ser tempo de achincalhar e detraír verdades nacionais inquestionáveis. O caso em presença, mais a mais, vindo de quem vem, é aviltante. O PS e os seus seguidores, salvo raras excepções, parece apostado em deitar tudo a perder, na sanha persecutória dos que o não deixam ser "a espécie de salvador" que gostaria e há muito se auto apregoa.
Com a devida vénia, vou postar, na íntegra, este artigo no meu blog:
www.liberdadeecidadania.blogspot.com, referenciando a origem e a gentileza.
Reforça assim, a luta pela dignidade e dignificação nacionais.
Bem haja.
Caloroso abraço,
Jerónimo Sardinha.