Um atamancador amador, que se declara ao serviço do PAIGC, publicou um risível relatório no qual não dá uma para a caixa.
Apresenta uma série de tabelas sem nexo, pretendendo dar a entender grande ciência estatística (torna-se muito engraçado quando sugere que introduziu uma correcção "considerando as datas de recenseamento eleitoral e a taxa de mortalidade média adulta na Guiné-Bissau"), quando não acerta simples contas de somar. Trata-se de um verdadeiro lixo informativo, com pretensões de manipulação mediática, desacreditando o Partido que alegadamente o encomendou (e utiliza). Passemos ao crivo o "sumo" do relatório.
Numa primeira tabela, recenseiam-se 98 casos de mesas com o número de votantes superior ao de inscritos (haviam sido registados 91 casos na primeira volta), associando-os ao número de inscritos nessas mesas, quando a informação que pretendem sugerir é a diferença entre votantes e inscritos (a qual se traduziu em 2734 votos na primeira volta).
Na segunda tabela, mesas com uma abstenção inferior a 15%, questão sumamente irrelevante, seguindo-se, numa terceira tabela, a abstenção superior a 60%, sempre realçando os inscritos, a negrito.
Chega-se, finalmente, a uma hilariante tabela IV, com uma suposta diferença de inscritos da primeira para a segunda volta, que resultariam num total de 109 507 eleitores afectados!
É realmente "muito", vai pensar o leitor mais acrítico.
Contudo, todas as contas que resultam em mais de três dígitos de eleitores afectados estão erradas, contando-se mesmo 4294 "eleitores afectados" no círculo 21, onde, pelos próprios dados apresentados, não há qualquer diferença.
Na tabela V basta verificar que a diferença é de menos de 11 000 votos...
O Partido esqueceu-se de apresentar o currículo do subscritor, que assina João L Serras Pereira.
PS Já agora, de quem foi a responsabilidade da confusão no GTAPE e na base de dados, não foi também um tal Pereira?