Rabo escondido com gato de fora. Finalmente, vem-se a perceber que os amigos de Costa e os amigos de Passos Coelho são todos farinha do mesmo saco. À imagem do que fizeram com falso resgate do BAO na Guiné-Bissau, usaram do mesmo expediente para colocarem os portugueses a pagar o buraco na Caixa, que serviu para se financiarem à grande e à francesa, nas suas inconsistentes masturbações maçónicas. E quem aparece, movendo-se na sombra do Primeiro-Ministro? Lacerda novamente, no Golpe, para não variar. A hipocrisia e o cinismo abrangem toda a «sociedade política», que usou e descartou uma equipa de gestão, deitando-lhes um falso tapete, apenas para mais depressa se livrarem dela, depois de cumprida a função que dela esperavam. Quanto ao editor da SIC, tem razão naquilo que diz, mas poupe-nos à vaidade de pretender ter inventado a pólvora! Só não via quem não queria: finalmente retirou a trave que tinha no olho, mas não se gabe tanto, não convence ninguém que seja assim tão, tão, tão, tão pioneiro.
Depois do cancelamento da «garantia soberana» que afundou o BES, quem volta a estar em destaque nos calotes da Caixa e suas redes de beneficiários? Isabel dos Santos, através não só da EFACEC mas de todas as outras ligações, mais ou menos camufladas sob estruturas de sociedades em cascata e de participações cruzadas; ou Sobrinho, do grupo DN... As carecadas começam a aparecer à luz do dia. Interessante é que as revelações da imprensa portuguesa só surjam no contexto já desesperado da falência angolana [Isabel admite em conferência de imprensa a falência da Sonangol], a quem os senhores arquitectos do vento e da espuma do mar se expuseram furiosamente, numa submissão canina que hoje, que a denunciam, parece àqueles que o fazem já há muito tempo, bem tardio. Andavam distraídos? Prognósticos, só depois do jogo acabado? Em equipa que ganha não se mexe? O resultado da sua necedade está à vista...
Depois dos inebriantes «fumos das Índias» que empobreceram o país, o herdeiro dá um tiro no pé e amputa o Brasil, o Marquês de Sá da Bandeira vira o país para África, onde o capital colonial acumulado seria século e meio depois violentamente delapidado em pouco tempo (ao contrário do que fizeram outras nações de descolonização mais precoce). No entanto, não satisfeitos, voltaram «em força» para Angola, sujeitando-se a uma humilhante inversão de papéis. A farsa chegou tão longe no faz de conta, que há uma forte propensão para entrar em negação, como o Kwanza de José Eduardo dos Santos, que, apesar da ligeira recuperação do preço do petróleo, deverá desvalorizar no mercado informal para os 1000Kw por dólar (ou mais) na primeira semana de Dezembro, mas continua a afixar o inalterado e fantasioso câmbio oficial de 165 por dólar. A distorção da realidade atinge uns absurdos 600%, meia dúzia de vezes!