sábado, 29 de agosto de 2015

15+1 mártir

O regime pensa condenar Marcos Mavungo a 12 anos de prisão, tal como pedido pelo PGR. Será uma violação do Direito transitada em julgado. Condenado a uma dúzia de anos porque sonhou com uma manifestação que não chegou sequer a realizar (foi preso antes da hora do «crime»)?

É uma vergonha para Portugal, para a CPLP. Tenho vergonha dos dirigentes do meu país, ainda formalmente responsável pela confiança depositada pela família real cabinda. É fácil denegrir a Guiné-Bissau, criticar a fragilidade do Estado... já sobre Angola a auto-censura é de regra. Dois pesos e duas medidas. Como justificar o silêncio ensurdecedor de todas as instituições da CPLP, como Procuradores, Ministro(a)s da Justiça, meios de comunicação, partidos?

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O regresso do guerreiro

O General Silva Mateus desperta clivagens no MPLA, ao lançar candidatura para a presidência do Partido, com o objectivo declarado de «galvanizar os sobreviventes». Lembre-se que este foi, há três anos, armadilhado pelo regime (tal como Luaty Beirão com cocaína) e acusado de porte de armas, depois de lhe colocarem uma AK no carro... quando comandava a manifestação dos antigos combatentes. Ler Club-K.

Uma resposta a JES, quando recomendava aos revus para criarem partidos políticos? Melhor do que criar partidos, é assaltar aqueles que estão fragilizados. Seria bom que o Senhor General e Presidente virtual fosse dando entrevistas e opiniões sobre a actualidade política, ou seja, que se ponha na pele do Presidente e vá dizendo o que decidiria nos casos, caso já fosse Presidente. Por exemplo: manteria a prisão dos jovens revus?

sábado, 22 de agosto de 2015

Desmentido da Presidência

Não basta o Presidente da República da Guiné-Bissau desmentir uma notícia grave. A confirmar-se a falta de profissionalismo do dito título da imprensa senegalesa que avançou com a notícia do pedido de protecção ao GIGN, deverão ser apuradas até às últimas consequências as circunstâncias em que se deu essa fuga de informação, e qual a intenção subjacente no actual contexto... A referida «fuga» da presidência senegalesa, coincidiu com a presença de Obasanjo e de uma ordem de trabalhos relativa à Guiné-Bissau.

Cumprimento do OGE

Não há como deixar de felicitar os especialistas orçamentais angolanos. Este fim-de-semana, com o petróleo a $40 o barril, temos de confessar a boa qualidade das suas previsões para 2015...

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Estado breakado

A ilusão de Estado que os guineenses vinham alimentando nos últimos anos faliu. Nem as aparências se salvam já. Não é já um Estado frágil, mas antes um Estado partido. Um Estado em que os políticos se limitam a roubar, os funcionários fingem trabalhar. Estado completamente alheio à práxis da Nação, que, essa, continua viva, em estado latente, como esperança eternamente traída.

A opinião de Corsino Tolentino, da Fundação Amílcar Cabral:

«O partido político PAIGC não está em condições de ser de facto um partido político. Porque o Presidente da República, o primeiro-ministro, o recém-nomeado [tal como o exonerado], constitucionalmente ou não, primeiro-ministro, teoricamente são todos membros do PAIGC. Um partido político age em nome coletivo. Ao vermos os diferendos e a gravidade das atitudes desses responsáveis políticos, penso que devia ser revisitado o conceito de partido político e ver o que não vai bem na Guiné-Bissau neste sentido. (...) Teoricamente é possível um desmoronamento das instituições do Estado. (...) A pergunta à qual é preciso responder é esta: existe, ou não existe um Estado de Direito na Guiné-Bissau? (...) Nesta espécie de luta pelo poder, está-se a esquecer uma coisa importantíssima, que é a soberania do Estado da Guiné-Bissau.»

Alta traição

Confirma-se que o pseudo-Presidente conspira contra a soberania nacional.

Depois de ter interrompido um Conselho de Estado para atender a uma convocação dos Presidentes dos dois países vizinhos, José Mário Vaz dá mais um passo insensato no escuro.

O seu sentimento de insegurança motivou um pedido de intervenção de forças armadas estrangeiras, fazendo lembrar como começaram os tristes acontecimentos de 1998/99 (é engraçado que hoje - ao contrário da altura - a França assuma [ver aqui e aqui] que as suas tropas especiais tenham estado envolvidas, com nome de missão e tudo Iroko). É que o GIGN senegalês é uma cópia do francês (que este ano esteve envolvido no caso Charlie).

Ao actual Presidente do Senegal, recordamos dois Diouf. Abu, o ex-Presidente, que caiu por causa de um caso similar (quererá Macky provar do mesmo «remédio»?), ou o operacional do GIGN Mouhamadou Diouf, que efectuou a guarda aproximada a Nino e ainda está no activo? Ele que lhe conte quantos colegas não voltaram para Dakar.

Mesmo que o Presidente do Senegal venha prudentemente a recusar envolver-se (apesar de ter dado sinais de se entusiasmar e de se preparar para aproveitar o pedido envenenado de Jomav), naquilo que seria uma ingerência grosseira e plena de riscos, tal não iliba este acto anti-patriótico de Jomav, o qual, para além do mais, é estúpido, pois as FARP são superiores a qualquer força da sub-região (ainda para mais «em casa»), como muito bem demonstraram há 17 anos, vencendo o ocupante estrangeiro (mesmo contando este com o apoio francês).

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Hipocrisia assumida

José Eduardo dos Santos enviou mensagem de felicitações ao seu homólogo do Burundi, pela violação da Constituição do seu país e dos acordos de Arusha. O discurso é óbvio: o mais importante é a imutabilidade do poder, mantido a qualquer preço.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Rebenta bolha do Kwanza

O Governador do Banco de Angola, em vez de cumprir o protocolo e publicar o relatório semanal, que já está com mais de dois dias de atraso em relação ao habitual, fez atabalhoadas declarações à Reuters, tentando esconder a ruptura de stock de divisas com uma suposta Lei cambial. As suspeitas de segunda-feira confirmam-se portanto, conforme já aqui avançado, que não haverão mais dólares «baratos», nem sequer para os amigos. Está lançado o regabofe no seio da comunidade dolera. Face a estas preciosas informações, ficamos a saber que o kwanza foi indexado à cotação do regime, encontrando-se em queda livre: livre-se dele hoje, que amanhã decerto valerá menos.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

O PAIGC padece de amnésia?

«A Guiné-Bissau aspira a uma vida simples e segura, uma governação baseada no pragmatismo, porque o contexto político e social da nossa Pátria amada se encontra muito complicado, mergulhando os cidadãos num desespero difícil de descrever. O PAIGC nunca se conseguiu reformar. Um Partido político é a união de homens que se reconhecem na mesma doutrina política. O partido é uma organização, não um clube de amigos.

Qual é a ideologia política do PAIGC? Basta ver os sucessivos governos do PAIGC, para ver que há um grupo de pessoas que já integraram sucessivos governos. Esses indivíduos que no passado deram provas da sua incapacidade, o que é que podem oferecer hoje? Nada! A guerra das cadeiras que se vive entre o presidente da República e o primeiro ministro, reflecte a ideologia do PAIGC (guerrinhas mesquinhas). Mais uma vez, a velha ideologia de clientelismo do PAIGC ganhou. Deve dizer-se «Obrigado PAIGC?» Ou dizer «Basta!» a essas práticas? 

Tenho um imenso orgulho no PAIGC, enquanto partido libertador. Mas sinto uma fúria imensa contra ti, enquanto organização que traiu muitas expectativas da nossa Pátria amada. O tempo é um médico sem diploma, que possui conhecimentos que podem curar as promessas infundadas dos políticos. Na nossa pátria amada, nos últimos anos, tudo é traficado; a esperança, a influência, a droga, as armas, as florestas, a fauna, as crianças... 

Em resumo, o desalinho é total. A lavagem ideológica que o nosso povo sofreu nos últimos anos, foi feita por frouxos e medrosos, a partir de uma organização mafiosa e cruel. O que é que o PAIGC fará para restaurar a ideologia política que fez o nosso povo respeitá-lo? O nosso povo tem uma ideologia política. Como é que podemos definir a ideologia política de um povo particularmente cosmopolita como o nosso? É simples. A ideologia do nosso povo assenta na harmonia e solidariedade entre as diferentes etnias que constituem o mosaico populacional da Guiné-Bissau. Demonstrou-o durante os anos 11 da luta de libertação nacional para poder possuir uma identidade política, porque sem essa ideologia não conseguiríamos vencer os colonialistas portugueses. 

Sim, o povo da Guiné-Bissau existe, o que nos falta é o respeito à nossa existência. A nossa Pátria amada transmutou-se em Estado de Caos. O vazio ideológico, em que se encontra a Pátria de Cabral, vai ter um custo muito elevado para nossa pobre nação, que se encontra de novo mergulhada na incerteza total. O nosso país necessita de reforma, mas com um governo capaz, competente, que tenha coragem de fazer as reformas que se impõem.»

Resumo de um texto lido no Facebook.

Apoplexia fulminante

Num tom jocoso, o jornal Le Pays, do Burkina Faso, comenta a actualidade política guineense. «A Guiné-Bissau está doente! Uma crise política na cúpula do Estado mergulhou o país inteiro numa apoplexia sem precedentes. A ruptura da confiança entre dois homens de um mesmo Partido, tem várias origens, entre elas um certo número de derivas, nomeadamente a corrupção e o nepotismo. (...) E não é tudo. O parlamento complica a tarefa do Chefe de Estado, que já não sabe a que santo rezar. Os golpes de estado sangrentos tornaram-se hábito, a ponto de se tornarem quase uma imagem de marca. No entanto esta crise apresenta uma nova especificidade. Ao contrário dos outros países, onde regra geral os Primeiros-Ministros são considerados sobretudo como simples fusíveis, substituíveis quando sobe a tensão política, aqui é o Primeiro-Ministro que faz obstrução ao Presidente. Incompreensível! É necessário deplorar certas disposições constitucionais que acordam implicitamente ao Primeiro-Ministro os plenos poderes, envaidecendo-o desmesuradamente. A única solução neste momento para o Presidente Vaz parece ser a convocação de eleições antecipadas, que o contribuinte não parece em condições de suportar. A não ser que o Primeiro-Ministro abandone este tabuleiro, para permitir ao país ultrapassar este bloqueio institucional que já durou demasiado. Teria sido mais sábio e mais elegante para a própria imagem da Guiné-Bissau, Narco-Estado com uma história socio-política bastante movimentada. É de temer que, pela sua incúria, os dirigentes da Guiné-Bissau acabem por obrigar o exército a intervir de novo na arena política. Por isso a CEDEAO deveria esforçar-se por encontrar uma solução o mais rapidamente possível entre Presidente e Primeiro-Ministro, de outra forma, a actual tempestade arrisca-se a tornar-se num furacão de efeitos devastadores.»

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Atirar areia para os olhos

Tentativa de camuflar o fiasco de uma manifestação com diversões odiosas. O fiasco de um não deve ser visto como o sucesso de outro. Uns pagam para sair à rua, outros pagam para ir trabalhar. O caos traduz-se em declarações contraditórias, separadas por poucas horas, de pretensos líderes de variadas organizações, manipuladas por posturas primárias ao sabor das circunstâncias licitantes. The show must go on

Atraso suspeito

O Banco Nacional de Angola, depois de, a semana passada, ter reduzido para metade a injecção de soro cambial no doente, está inexplicavelmente atrasado na publicação do relatório semanal, que era normal publicar o mais tardar até à hora do almoço de segunda-feira...

A farsa continua

JBV, assumindo-se como Porta-Voz do PAIGC, presta declarações à RTP, declarando como principal objectivo da marcha a «reposição da normalidade constitucional», que considera interrompida (deveria aduzir argumentos) pelo Decreto presidencial exercido no cumprimento das formalidades requeridas. Anormalidade institucional é DSP estar a manipular as estruturas do Partido para promover uma arruaça inconsequente, afirmando hipocritamente que o faz em nome do povo. Será bom que a RTP mostre bem a Praça vazia e não invente ângulos fechados e improváveis para sustentar a intoxicação mediática.

Flop-flop

Começa-se já a perceber que os guineenses estão a ignorar o apelo de DSP para uma saída às ruas, de tal forma que as vozes «oficiais» já admitem que poderá vir a ser um fracasso, imputando-o à «chuva». Não. Não é a chuva que conserva o povo em casa. É a sua inteligência, que alguns querem abusar, como escreve em título o Jeune Afrique, ao ridicularizar o Primeiro-Ministro «déchu» por querer «continuar na rua o braço-de-ferro com o Presidente».

Os americanos fizeram saber que vão organizar uns cocktails e umas almoçaradas fartas, para recompor as coisas. A intempestividade do estímulo soa a falso, mostrando a grande desorientação da política externa norte-americana, perante a «originalidade» da situação. Ou seja, os americanos confessam não saber como responder a este farsa grotesca... Gostariam de colocar uns paninhos quentes na questão e não sabem como, mas confessam-se atentos.

Chicoty emite uns grunhidos, lembrando a posição de Angola no Conselho de Segurança, mas não se lembrou de nada melhor para dizer do lembrar a inexistência de condições financeiras para assegurar a realização de eleições. O MPLA não quer ver cair o PAIGC. Os dois partidos, vítimas dos mesmos vícios, têm os respectivos destinos interligados. Perderam completamente o Norte e tornaram-se numa diabólica paródia dos seus objectivos primordiais.

O prémio vai para Moçambique! O Ministro dos Negócios Estrangeiros, imputa «ao ego dos políticos guineenses a responsabilidade pela crise», acusando-os de «sobreporem os seus interesses pessoais aos do povo, realçando que a política é para servir e não para se servir dela. É bastante lamentável, mas sabemos onde está o problema, a verdade é que a tese de os militares da Guiné-Bissau serem instrumentalizados pelos políticos parece provar hoje a sua validade».

Não. Não foi a chuva que desmotivou os guineenses. Esta seria apenas a oportunidade de colocar os pés na lama. Seria a marcha do poti-poti. Tal como afirma o MNE moçambicano, que sabe do que está a falar, o problema é outro. Tal como em Lisboa, DSP não reunirá mais do que alguns desgraçados compelidos a participarem num circo que não é o deles, com medo de perderem as migalhas que lhes foram displicentemente atiradas à sombra da corrupção.

Omessa

Porque razão DSP não publica o seu certificado de habilitações, sendo quem começou com esta guerra suja de títulos académicos? Jomav ligou para Lisboa e escarrapachou na hora o seu, que encomendou na Secretaria do ISEG. Não vale a pena rebaixar a nota positiva, ou desconfiar do documento, pois este possui o número de telefone da instituição (uma das mais exigentes, em Portugal), que poderá esclarecer as dúvidas enunciadas. O ex-Primeiro-Ministro que cumpra a sua parte, ligue para Odessa, e apresente certificado actual e verificável, em vez de fugir com o rabo à seringa inventando novos subterfúgios.

domingo, 16 de agosto de 2015

Panelaço terminal

Abaixo!

Abaixo a tirania do PAIGC!
Abaixo!
Abaixo a ditadura do PAIGC!
Abaixo!
Abaixo o circo do PAIGC!
Abaixo!

sábado, 15 de agosto de 2015

Novo modelo de transparência

PAIGC brinda o mundo com nova e original proposta de transparência governativa: a zanga de comadres. Depois da lavagem em público de um extenso rol de roupa suja, confessam o «circo mediático», levando ao extremo o insulto. Até quando o povo, verdadeiro detentor da soberania, será abusado na sua paciência? A tentativa de manipulação da população por parte de um ex-Primeiro-Ministro, arruaceiro e golpista, negociando ligas e movimentos, convocando uma manif para segunda, será decerto um merecido flop. Já a quixotesca cruzada do Presidente parece cada vez mais transformar-se num beco sem saída. Ninguém está apostado em braços-de-ferro, numa diabólica escalada da violência, promovida pelo altamente tóxico caldo interno do PAIGC, onde só falta, tal cereja no topo do «bolo», o intriguista-mor. Para encenações deste tipo, deveria bastar como mau exemplo a morte de Cabral, e a lembrança dos muitos inocentes que o verdadeiro responsável Pedro Pires mandou apressadamente fuzilar.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Ex-Ministra da Justiça angolana desmaia no Parlamento

Com tantos atropelos à Justiça e ao Estado de Direito, para não falar à sua liberdade de consciência, não admira! Ler Club-K.

(des)conFIANÇA

NHA FIANSA!

Nha fiansa ka na bai na bentu
Nha kasabi y odja malbadesa nkonforma
Nha pensamentus ka ten susegu enkuantu povu na kansa
Nha udjus kansa yabri dinoti sin sonu na pensa na Guine-Bissau
Ma nha falta di sonu djunta ku miskinhu di mininusinhus di nha terra.
Sukuru eternu parsidu ku kinhon di sombra di diabus.
Pekaduris falsia kumpanheris
Pekaduris pirdi speransa pabia di pulitikis
Matchundadi di bá di polón na mostradu na prasa.
Matchundadi di beku na pasia ku kunsidjaduris.
Minjeris tchora e miskinha. Kuma sol na yardi pa se fidjus un dia.
Sol di djustisa ku bondadi pa fidjus di Guine-Bissau.

Valdir da Silva

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Fábrica de História

Os partidos angolanos estão tão desactualizados quanto o regime. Felizmente para os angolanos, após mais de três anos de estudo e de formação intensiva, emergiu uma jovem geração de políticos, oferecendo uma nova ideia de sociedade, um despertar identitário pronto para assumir o poder em moldes inteiramente novos, de forma realmente crítica e participativa. A dinâmica do movimento revú coloca-o ao abrigo de qualquer manobra do regime: quanto mais este se debate, no seu violento upgrade de autoritário para totalitário, mais se enreda numa contestação surda e subterrânea, ganhando o coração de angolanos e angolanas a cada dia que passa. A coragem no seio desta irmandade (muitos estão presos), personifica um exemplo que os povos oprimidos de Portugal e do Brasil teriam todo o interesse em estudar com atenção...

Ler artigo de William Tonet no Club-K, que serve igualmente de convocação para um grande panelaço a realizar no dia 28 de Agosto.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

180 milhões?!?!

Isso não dá para a cova de um dente do kwanza burro. Salto brusco para 220k/$ na rua, com acentuada tendência de agravamento ao longo da semana. Relatório do Banco Nacional de Angola.

Declaração de falência

Notícia que pisca, no site do Banco Nacional de Angola: «Não há mais divisas», briguem todos por posições relativas, por quem foi o mais beneficiado ao receber dólares ao preço da chuva, porque tão depressa não vai haver mais [facto a que o câmbio informal não saberá manter-se alheio por muito tempo].

Singelamente inserto na primeira nota informativa do ano: «num contexto de diminuição das disponibilidades cambiais e elevado risco de desequilíbrio do mercado cambial, redução dos stocks alimentares e de matérias-primas bem como de eventual paralisação dos serviços essenciais ao funcionamento da economia

Já o acto visto como inédito por parte do Presidente José Eduardo dos Santos ao «reunir-se, na passada terça-feira, 4, no palácio presidencial, na cidade alta, com o Ministro das finanças Armando Manuel e com o governador do BNA, José Pedro de Morais Junior» permitia suspeitar que algo se preparava neste âmbito.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

DSP não convence

Então o povo que deveria defendê-lo são meia dúzia de gatos pingados, outros tantos sindicalistas a soldo e, last but not the least, Jorge Gomes, de um Movimento cuja cooptação já havíamos aqui denunciado? Os deputados que votaram a moção de confiança gratuita eram mais, porque não ficaram? Só apelam à arruaça e depois vão embora? E porque não foi DSP para junto dos seus «apoiantes» a quem encomendou o serviço?

Senhor Primeiro-Ministro, leia o editorial d'O Democrata e não faça mais figuras tristes. O povo está cansado; não se prestará a servir de simples figurante nesta farsa, que não passa de uma querela interna de um Partido que perdeu toda a credibilidade perante a sociedade.

Quando o povo decidir sair à rua, será bem mais assertivo, não uma palhaçada montada por encomenda. Será para tomar decisões importantes, ao abrigo do Artigo 2º da Constituição, não para fomentar mais divisões, como pretendem os facciosos e divisionistas armados em «vigilantes».

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Órgão impróprio

ANP transformou-se num covil de arruaceiros, orquestrados pelo palhaço-mor.

Cassamá não tem qualquer legitimidade para continuar a presidir, depois das ameaças à integridade moral dos deputados «advertir aos meus camaradas deputados de que qualquer dos digníssimos deputados envolvidos directa ou indirectamente nas manobras de derrube do governo vai sofrer consequências»?

[então quer derrubar o Presidente, coisa que a Lei não contempla, e ameaça os deputados por equacionar o derrube do Governo, coisa que a Lei contempla?]

A única coisa que o povo pode fazer na rua é dissolver tudo, não apenas o Presidente...

Depois da conhecida clivagem que se seguiu ao 12 de Abril, com as tentativas de estigmatização dos golpistas, afinal descobrimos que são todos golpistas. O Presidente da República é golpista, o Primeiro-Ministro é contra-golpista (precoce), o Presidente da ANP é golpista... (achará mesmo que virá a ser Presidente?)

Se o povo sair à rua, terá de varrer o lixo todo. O PAIGC implodiu. Já não sobra pedra sobre pedra.

Quando a China acorda...

O Partido (o chinês, claro) acaba de descobrir as trafulhices de José Eduardo dos Santos. Tudo agora vai ser muito rápido. A arrogância era tanta que o gato nem se preocupou com o rabo de fora.

Os camaradas chineses cúmplices do regime angolano enfrentarão o pelotão de execução. O Partido não pode tolerar este género de maus exemplos. Eu bem tinha avisado no fim de um artigo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cipriano pede Golpe de Estado

O Vice-Presidente, por sua vez contestado pelo seu Vice, falando «em nome do Presidente», numa encenação cuidadosamente protocolada ao nível da indumentária, acompanhado na tribuna pelo Primeiro-Ministro e pelo co-mandante do assassinato de Cabral, defendeu a necessidade urgente de um Golpe de Estado (a sua hipocrisia é do domínio público).

Finalmente levanta-se uma voz de bom senso. Embora denunciando um complot contra Domingos Simões Pereira, não vem defendê-lo. Embora contrariando o Presidente, não exige a sua destituição. É a última oportunidade para os infelizes intervenientes fazerem um pausa e reflectirem se não valerá a pena darem um passo atrás e apostar numa solução criativa.

De outra forma pode ser o ignácio de um pronunciamento popular (perfeitamente constitucional) ou de um Golpe de Estado, na medida em que, em última análise, compete às Forças Armadas a defesa da soberania ameaçada pelos posicionamentos irresponsáveis dos seus indignos titulares, numa interpretação estritamente formal das suas competências sem qualquer legitimidade.

Presidente ausente do 3 de Agosto

Foto: Armando Conte

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Benção de Sangue

Fonte: Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/Gabriel_Mbilingi

Em abril de 2015, uma semana após o massacre do Monte Sumi, participou num comício popular promovido pelo Governador da Província do Lubango, Kundy Paihama, legitimando o genocídio cometido pelo Governo angolano, segundo denúncia do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Apesar da sua gravidade, o caso foi abafado no seio das Nações Unidas (não há qualquer referência posterior a não ser uma cópia deste pequeno texto em «News» na página dedicada ao país, apesar da humilhação do seu representante Rupert Colville, pelo Governo angolano, que fez a exigência de um pedido formal de desculpas), levantando legítimas dúvidas sobre o seu funcionamento. O agravamento da repressão, já no Verão, levou depois o jornalista angolano e director de vários jornais William Tonet a criticar, em artigo de opinião, a cumplicidade da igreja com as atrocidades cometidas pelo regime: «Estou preocupado com os novos monstros, aqueles que, sadicamente, fazem saltar a rolha da garrafa de champanhe para celebrar a eliminação do adversário ou inimigo e sem pejo ainda vão à igreja encontrar um padre, ou bispo qualquer, que os benza em troca de uns “dólares de sangue”» retomando assim o célebre título do jornalista e activista Rafael Marques, Diamantes de Sangue.

Clique para ampliar

Estádio terminal

O cancro José Eduardo dos Santos atingiu uma fase terminal. É o fim da linha. A polícia bate com pouca força e confessa em surdina que também tem salários em atraso. Já não se trata de saber se vai cair. Nem sequer quando, pois está iminente. Trata-se de saber como. A melhor forma parece ser seguir o exemplo sul-africano, e deixar os 16 presos escolherem um deles para ocupar o Planalto. De presidiário a presidente, seria a melhor garantia para uma transição tranquila e para alimentar a esperança no futuro. Esse parece um corolário lógico dos actuais acontecimentos. O seu a seu dono. Quem melhor habilitado?

Pagamento da factura

O nº2 de Nkurunziza pagou hoje o preço da inventona que traiu o 25 de Abril do povo do Burundi. O seu carro foi «sprayado» e transformado em passador. Não há dúvidas de quem será o próximo. RFI

domingo, 2 de agosto de 2015

Co-Mandantes

Esperemos que um não traga algum presente envenenado na bagagem.

Que o outro se mantenha bem protegido e circunscrito ao domicílio.

Ambos deveriam ser confrontados com suas responsabilidades históricas.

Chicotada na mão

O Georges tem tendências para a auto-fustigação. Quando a imbecilidade e a prostituição são tais que raiam o ridículo, não se compreende como a ONU tolera que o representante de um país que lançou graves e hipócritas acusações ao seu Representante para os Direitos Humanos, não só discurse no seu Fórum, mas ainda insinue que são terroristas todos aqueles que aspiram a alterar a ordem vigente nos seus países. Salazar não ousaria tamanha proeza! ONU & OROTO